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Alberto Caeiro
XXXVIII - Bendito seja o Mesmo Sol
Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Que faz meus irmãos todos os homens
Porque todos os homens, um momento no dia,
o olham como eu,
E, nesse puro momento
Todo limpo e sensível
Regressam lacrimosamente
E com um suspiro que mal sentem
Ao homem verdadeiro e primitivo
Que via o Sol nascer e ainda o não
adorava.
Porque isso é natural - mais natural
Que adorar o ouro e Deus
E a arte e a moral ... |
Bicarbonato
de Soda, Álvaro de Campos
Bocas
roxas de vinho, Ricardo Reis
Bóiam
farrapos de sombra,
Poesias Coligadas
Bóiam
leves, desatentos,
Cancioneiro
Braços
cruzados, fita além do mar, Mensagem - O Encoberto
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