Fernando Pessoa - poemas
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Fernando Pessoa
Entre o bater rasgado dos pendões
 
Entre o bater rasgado dos pendões
E o cessar dos clarins na tarde alheia,
A derrota ficou :  como uma cheia
Do mal cobriu os vagos batalhões.

Foi em vão que o Rei louco os seus varões
Trouxe ao prolixo prélio, sem idéia.
Água que mão infiel verteu na areia  _
Tudo morreu, sem rastro e sem razões.

A noite cobre o campo, que o Destino
Com a morte tornou abandonado.
Cessou, com cessar tudo, o desatino.

Só no luar que nasce os pendões rotos
'Strelam no absurdo campo desolado
Uma derrota heráldica de ignotos.
 

   
 
   
 
 


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