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Fernando Pessoa
A Aranha
A ARANHA do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte. |
Abat-jour,
Cancioneiro
Abdicação,
Cancioneiro
Abismo,
Cancioneiro
A cada
qual, como a ‘statura é dada, Ricardo Reis
A Casa
Branca Nau Preta, Álvaro de Campos
Acaso,
Álvaro de Campos
Acho
tão natural que não se pense, Alberto Caeiro
A ciência,
a ciência, a ciência, Poesias Inéditas
Acima
da verdade estão os deuses. Ricardo Reis
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