Fernando Pessoa - poemas
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Fernando Pessoa
Nada sou, nada posso, nada sigo
 

Nada sou, nada posso, nada sigo.

Trago, por ilusão, meu ser comigo.

Não compreendo compreender, nem sei

Se hei de ser, sendo nada, o que serei.
 

Fora disto, que é nada, sob o azul

Do lato céu um vento vão do sul

Acorda-me e estremece no verdor.

Ter razão, ter vitória, ter amor

Murcharam na haste morta da ilusão.

Sonhar é nada e não saber é vão.

Dorme na sombra, incerto coração.

06-01-1923


  • Na casa defronte de mim e dos meus sonhos, Álvaro de Campos
  • Nada fica de nada. Nada somos, Ricardo Reis
  • Nada me prende a nada, Álvaro de Campos
  • Nada. Passaram nuvens e eu fiquei, Poesias Inéditas 
  • Nada que sou me interessa, Poesias Inéditas 

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